terça-feira, janeiro 25, 2011

Nascidos antes de 1986

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De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Aprendíamos a andar de bicicleta, na bicicleta do pai ou do vizinho e chegávamos a casa com os joelhos todos esfolados.
Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas. Jogávamos à bola e brincávamos ao pião.
Jogávamos à carica e ao berlinde, às três covinhas.
As meninas saltavam à corda, brincavam às casinhas e às enfermeiras.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.
Eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.

Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu depois de 1986.

Chamam-se jovens. Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel.
Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.
Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname.
A SIDA sempre existiu.
Os CD's sempre existiram.
O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia um deus da dança.
Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
Não acreditam que houve televisão a preto e branco, nem que não havia televisão.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:

1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.

Tivemos uma infância do caraças!