"As palavras são um instrumento de combate. Talvez sejam o último. Nós temos muito pudor de dizer isto em Portugal porque somos logo taxados de marxistas ou de outra coisa qualquer. Há, no nosso país, a ideia de que a literatura se deve debruçar sobre os sentimentos ou sobre o nada, o não-tema. Mas eu não faço parte desse grupo. Entendo que, ao escrever este livro, quis dizer o seguinte: se não pudermos fazer nada, dizer que sabemos que as coisas se passam é uma forma de combater. Nós estamos aqui e estamos conscientes."
Lídia Jorge,
in Ípsilon 16.Março.2007
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