Tive o imenso e inesperado prazer de assistir a um concerto do projecto "Noa Noa". A extrema delicadeza, tão pura e cristalina, tornou-o numa experiência de uma dimensão absolutamente extraordinária. Uma viagem pelas raízes do cancioneiro ibérico, um concerto onde os silêncios iam par a par com a melodia!
O cantar à meia-noite
É um cantar excelente
Acorda quem está dormindo
Alegra quem está doente
A viola sem a prima
É como a filha sem pai:
Cada corda seu suspiro,
Cada suspiro seu ai.
Abre-te mar faz atalhos
quero me quero ir embora
que na minha terra eu tenho
quem por mim suspira e chora.
Já fui alegre e cantei
agora sou desta sorte
já fui retrato da vida
agora serei o da morte .
Há lágrimas de amargura
e lágrimas de prazer,
gotas de água pura
na mesma face a correr.
Nasce a água, cantando corre,
vindo de novo a correr,
nasce a vida a chorar morre
para nunca mais nascer.
Já fui alegre e cantei
agora sou desta sorte
já fui retrato da vida
agora serei o da morte .
Há lágrimas de amargura
e lágrimas de prazer,
gotas de água pura
na mesma face a correr.
Nasce a água, cantando corre,
vindo de novo a correr,
nasce a vida a chorar morre
para nunca mais nascer.
Tradicional dos Açores
Uma experiência mística, a de partilhar coisas belas com pessoas especiais!
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