quarta-feira, abril 09, 2014

Canção da Emigração



Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão
Tens em troca
órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai
Coração
que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará

Rosalia de Castro



Numa daquelas noites, 
em que tarde são as horas, 
o meu tocador de guitarra favorito 
começa a tocar esta canção do Adriano, 
e todos, todos nos deliciamos, 
porque as coisas bonitas, são assim, 
profundas.

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