domingo, setembro 30, 2012

Troca ao vento que passa



Pergunto ao vento que passa
 notícias do meu país
 e o vento cala a desgraça
 o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
 tanto sonho à flor das águas
 e os rios não me sossegam
 levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
 ai rios do meu país minha pátria
à flor das águas para onde vais?
Ninguém diz.

Mas há sempre uma candeia 
dentro da própria desgraça 
há sempre alguém que semeia 
canções no vento que passa. 

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não

Manuel Alegre






Numa noite de arqueologia pessoal, 

aqui fica mais uma música que me ecoa na cabeça, 
como outrora ecoava em certas paredes de granito .

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