Já se sabe que num museu de arte, quando se vê uma multidão parada, algo importante se aproxima, e assim foi, vi a multidão e ia-me dado uma coisa quando olhei para a parede.
Lá estava a noite estrelada de Van Gogh.
Fiquei imóvel, com os olhos arregalados e completamente maravilhada!
Não tinha vontade de sair dali, apetecia-me trazê-lo, pendurá-lo na minha sala e contemplá-lo durante horas...
Recuperando da excitação de ver semelhante preciosidade, dou de caras com outra multidão empoleirada num quadro minúsculo, tão pequeno que nem se conseguia perceber o que observavam quando se entrava a sala. Aproximei-me e ali estava, nada mais, nada menos, que a persistência da memória do Dali.
Mais uma vez a surpresa se apoderou de mim - como é possível que este quadro seja tão pequeno? Digamos que imaginava a noite estrelada pequena e a persistência da memória com um tamanho considerável. Lembrei-me de quando vi o Guernika pela primeira vez, que não podia acreditar no tamanho colossal do quadro, ou quando vi a Mona Lisa, quão pequeno pode ser um quadro tão famoso...
Fabuloso, como construímos imagens mentais das obras, sem nunca as termos visto!
Várias dezenas de clássicos se somaram a estes dois,
alguns vi por segunda e até por terceira vez,
não faltaram Cezannes, Monets, Manets, Mirós, Kandinskys, Picassos e até Klimts,
mas estes encheram-me as medidas e "pagaram" a viagem!
alguns vi por segunda e até por terceira vez,
não faltaram Cezannes, Monets, Manets, Mirós, Kandinskys, Picassos e até Klimts,
mas estes encheram-me as medidas e "pagaram" a viagem!
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