quinta-feira, novembro 17, 2011

Recre(flex)ação



Há momentos nos quais me sinto perfeitamente abençoada,
Abençoada de uma sabedoria que me conduz a um bem-estar cósmico que me leva às coisas realmente belas da vida.
Nada de mundano, nada que ver com o real dia-a-dia, com os dias miseráveis da rotina e com os dias dos outros.
Momentos de pura evasão etérea, momentos de pura recre(flex)ação...
Momentos redondos, inspirados, completos, de profundo relaxamento.

As pessoas à minha volta parecem-me estúpidas, desprovidas de sensibilidade, desprovidas de filosofia, demasiado idiossincráticas, pouco livres e pouco libertas. Pelo menos, em espírito! Como se de limitações mentais se tratasse toda a sua vida...

Ai que saudades de ter tempo para mim e para as minhas contemplações puramente privadas.

Saudades de ouvir o suave decantar do rubi vinho do Porto num elegante e brilhante copo de cristal, enquanto a música ecoa pelas paredes da minha sala, enquanto a lareira crepita os troncos que lhe ponho! ... e saborear, cada gota, cada nota musical, cada cadência melódica, cada sensação, cada cheiro, a textura de cada página de um livro, com a libertação de todos os pensamentos, de todas as lógicas e de todas as emoções.

Falta pouco, este é o meu espírito: falta pouco!
Para que todos esses dias dias e todas essas noites sejam de novo, verdadeiramente minhas!

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