terça-feira, dezembro 21, 2010

Os amores de Mustic's

Os amores de Mustic's davam um belo filme, ai davam, davam!

Há pessoas inesquecíveis e os últimos tempos têm sido prolíficos em recordá-las, tenho-me cruzado com vários dos amores antigos, daqueles ainda apagados, mas que inevitavelmente não estão extintos. Uma espécie de combustão lenta, abafada entre as cinzas e sobre a qual não convém soprar muito, ainda que nem os mais fortes vendavais os voltem a atear.

Assim sou eu. Consumo as coisas avidamente, sugo tudo até ao tutano, como se não houvesse tempo, espaço e amanhã. E depois, depois tudo esmorece lentamente, fica ali a marinar, as coisas chegam a arrastar-se demasiado para um ponto final.

Fico verdadeiramente fascinada por ver como há pessoas que me conhecem tão bem, ainda que tenham passados tantos anos. Fico fascinada, não sei bem se por ver que não mudo, ou porpor ver que as pessoas não esquecem ou porque passam muitos anos sobre as coisas e ainda assim, as memórias são magníficas, são boas. São muito boas. Une-nos de forma inequívoca a partilha, no fundo uma coisa tão simples e inevitável que é a história conjunta, ainda que faça parte da história e que de alguma forma tenhamos tentado apagar.

É tão bom poder rir do passado, poder dar gargalhadas em conjunto de histórias vividas a dois. Já dizia a música: ...e recordar é viver!
Na verdade não me arrependo de nada do que fiz, esta é uma verdade que me enche as medidas, para os amores e para tudo na vida. Não há tempos perdidos, há tempos vividos e depois de nos sentarmos à mesma mesa a recordá-los, há um enorme carinho, diria mesmo, uma enorme amizade. Amizades bonitas, intensas ou apenas leves e poucos relevantes.

Hoje, depois de mais de uma hora a rir incessantemente, com histórias que estavam guardadas tão no fundo da memória, que nem me lembrava.

Que boa disposição, realmente, a vida é um lugar muito divertido.

Sem comentários: