segunda-feira, abril 13, 2009

Foi na Travessa da Palha


Foi na Travessa da Palha
Que o meu amante, um canalha,
Fez sangrar meu coração:
Trazendo ao lado outra amante
Vinha a gingar petulante
Em ar de provocação.

Na taberna de friagem
Entre muita fadistagem
Enfrentei os seus rancores,
Porque a mulher que trazia
Com certeza não valia

Nem sombra do meu amor.

A ver quem tinha mais brio
Cantamos ao desafio
Eu e essa qualquer.
Deixei-a perder de vista
Mostrando ser mais fadista
Provando ser mais mulher.

Foi uma cena vivida
De muitas da minha vida

Que não se esquecem depois,
Só sei que de madrugada
Após a cena acabada
Voltamos para casa os dois.


Autores: Gabriel de Oliveira/ Frederico de Brito

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