... as Bonecas Russas!
Pois é, finalmente consegui ver o filme. Sim eu sei que a minha cultura cinematográfica anda atrasada mais de um ano, mas faz-se o que se pode, e só hoje consegui ver o dito cujo.
A expectativa era grande, era talvez demasiado grande. Uma vez que vinha no encadeamento do tão fantástico "Residêncial Espanhola", em que tanto espelhou uma fase da minha vida! É talvez o problema inerente às sequelas, depois do primeiro nenhum consegue chegar lá, ou o segundo nunca é tão bom como o primeiro... contrariando a ideia da experimentação continuada até um ponto estável, proclamada pelo filme!
Como dizia João Lopes: "Falta-lhe a verdade e, sobretudo, a espontaneidade do primeiro filme." Confesso que fiquei até ao fim numa ânsia enorme, à espera daquele momento que me ia surpreender... e continuo nessa ânsia mesmo depois do filme ter acabado. Falta-lhe... algo!
Gostei da "imagem" das bonecas russas quase no fim do filme, quando realmente faz algum sentido o nome. A metáfora é agradável e talvez a única que lhe dá um pouco de toque... Estamos sempre à espera da coisa que existe dentro da outra coisa, mais pequenina mais definitiva, mais estável, que não se abra e da qual não saia outra...
Gosto do personagem, gosto dele, continuo a gostar dele e dos amigos dele. Há nele qualquer coisa de familiar... Continuo na expectativa daquela parte do filme em que toda a história vira e me surpreende! Esse momento não chegou, e achei-o vazio, demasiado comum e talvez por isso tão pouco realista!
Realização: Cédric Klapisch
Intérpretes: Romain Duris, Audrey Tautou, Cécile de France, Zinedine Soualem, Kelly Reilly, Kevin Bishop, Aïssa Maïga, Olivier Saladin
França/Grã-Bretanha, 2005
Estreia: 20 de Outubro de 2005
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