terça-feira, março 07, 2006

Teorias...



Não sei se alguns de vos passaram por esta fase na vida: a de tentar teorizar o Amor? Mas eu passei… e a verdade é que hoje depois de ler o numero de Fevereiro da National Geographic estou bastante mais contente e aliviada por perceber, não só, que não fui só eu e a Marta Silveira a passarmos por este dilema existencial, mas também que existe efectivamente pessoas sérias e importantes a gastarem fundos para perceber esta coisa das emoções!
Parece então que a Dr. Helen Fisher, professora na universidade de Rutgers, fez ressonâncias magnéticas a pessoas apaixonadas enquanto estas olhavam para fotografias da pessoa amada. Por comparação, com resultados de fotografias neutras, concluiu que o “Amor” activa as áreas cerebrais associadas à recompensa e ao prazer, anatomicamente falando, área tegmental ventral e núcleo caudado, local onde se encontra uma densa rede de receptores para o neurotransmissor dopamina. A dopamina é, nada mais nada menos, que a substância responsável por gerar energia intensa, atenção focalizada e motivação. Algo familiar?
Pois, mas por vezes interrogamo-nos porque não dura este estado de euforia para sempre? Ora bem, segundo a mesma senhora, o desvanecimento do “amor apaixonado” é apenas uma reacção do nosso cérebro ao aumento brusco dos níveis de dopamina. E é desejável que assim seja já que o mecanismo de actuação da dopamina é equivalente ao de determinadas drogas: se nos expusermos demasiado tempo podemos sofrer danos psicológicos!!! Aposto que também já sentiram disto… seus viciados!!!
Como o nosso criador, não fez Adão e Eva para que depois eles ficassem doidos de amor e não procriassem, todo foi pensado: a dopamina deve ser substituída pela oxitocina, hormona responsável pelas sensações de apego e ligações como as de mães e filhos. É portanto de prever que nas relações de longa duração, esta hormona exista em abundância nos dois parceiros. Ou então não!
A ciência é realmente fantástica. Vejam só: para os casais que durante a fase apaixonada não conseguiram descobrir as maneiras de estimular a produção de oxitocina a Dr Helen Fisher deixa algumas sugestões: Massajar; Fazer amor!
Ou ainda, o Psicólogo Arthur Aron, da universidade de Stony Brook, conclui que a realização de tarefas em conjunto e olhar nos olhos durante dois minutos os parceiros provocam, por si só, sensações de atracção.
Como ultima sugestão, estes dois investigadores, aconselham os casais a fazerem coisas novas juntos, uma vez que a novidade induz a libertação de dopamina e estimula a sensação de atracção.
No entanto, pessoal, quando saírem do ginásio ou depois de qualquer actividade stressante não olhem para os lados! A probabilidade de uma qualquer pessoa vos parecer atraente é bastante elevada!!!
Já estou a imaginar a nova era de apaixonados: “hoje é dia de fazermos uma coisa nova, amanha de olharmos nos olhos, e na segunda temos de ir fazer o check up dos nossos níveis de oxitocina, a ver se é desta que podemos marcar a data do casamento!”
Ou um cartão de dia nos namorados:“Ao meu indutor de dopamina que tanto me faz vibrar…“
Bons Romances!
Text by: Dora Dear

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